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terça-feira, 12 de julho de 2011

GRILO NA CUCA: Taxa de mortalidade infantil está relacionada a acidentes de trânsito


  

Foto: Agência Notisa
          Pesquisa mostra que quanto maior a taxa de mortalidade infantil de uma determinada população, maior seu índice de mortos no trânsito.



          No século passado, a principal causa de morte entre pessoas de um a 44 anos de idade deixou de ser as doenças e passou a ser as causas violentas ou externas. Entre os jovens, a violência assume um papel ainda maior, destacando-se a violência no trânsito. Segundo a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o ano de 2020, os acidentes de trânsito ocuparão o segundo lugar em causas por anos potenciais de vida perdidos (APVP) em todo o mundo. Nesse sentido, Maria Teresa Sauer, da Universidade Luterana do Brasil e Mario Wagner, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul resolveram verificar a associação entre acidentes de trânsito fatais e a taxa de mortalidade infantil, a proporção de condutores jovens envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas e a proporção de residentes jovens nas capitais das Unidades da Federação e Distrito Federal.

          De acordo com os pesquisadores, em artigo publicado na edição de setembro/outubro dos Cadernos de Saúde Pública, “os dados referentes ao Índice de Mortos no Trânsito por 10 mil Veículos (IM-V) e à proporção de condutores jovens envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas (PCJ-ATV) foram obtidos com base no banco de dados do DENATRAN”. As informações sobre a taxa de mortalidade infantil foram obtidas do SUS.

          Segundo Maria Teresa e Mário, o estudo mostrou que houve uma associação entre a média do índice de mortos e a taxa de mortalidade infantil para o período estudado nas capitais das Unidades da Federação e Distrito Federal. Segundo eles, “observou-se forte correlação entre esses dois índices, indicando que quanto maior a TMI de uma determinada população, maior o seu índice de mortos no trânsito”.

          Para os pesquisadores existe uma forte relação entre o nível sócio-econômico de uma população e a mortalidade no trânsito. Isso porque, segundo eles, países com menores condições sócio-econômicas têm, conseqüentemente, menor capacidade de implantar medidas preventivas importantes.

          Em relação à associação entre a média do índice de mortos e a proporção de condutores jovens envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas, os pesquisadores não acharam uma correlação relevante. No entanto, segundo eles, isso ocorreu devido à subnotificação dos registros no Detran e ao preenchimento incorreto ou incompleto dos boletins de ocorrência. “Há uma subestimação dos óbitos relacionados ao trânsito e conseqüentemente dos condutores envolvidos”, afirmam no artigo. No entanto, eles afirmam que a associação entre o índice de mortos e a proporção de residentes jovens mostra que quanto maior o número de jovens, maior o índice de mortos no trânsito.

          Dessa forma, Maria e Mario alertam para a necessidade de uma maior aproximação, participação e responsabilização dos setores de saúde e justiça. “É preciso que eles que passem por uma conscientização, qualificação e capacitação dos trabalhadores das áreas envolvidas, por meio de políticas públicas efetivas e de outros órgãos não governamentais”, concluem.
Fonte:Agência Notisa
www.notisa.com.br

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